Veneza

07/07 – Quinta-feira

Acordei bem cedo para pegar o trem para Veneza. A viagem durou cerca de cinco horas até eu chegar à Estação Santa Lucia. Quando peguei um táxi para o hotel, descobri que ele ficava em uma cidade antes de Veneza! Estava a cerca de 15 km de distância!

Estou furiosa com a agência de turismo! No hotel, me disseram que a estação de trem para Veneza não era longe, então decidi ir a pé. Comecei a caminhada… e depois descobri que a estação ficava a quase 5 km de onde eu estava. Quando finalmente cheguei, vi que já era tarde demais para ir a Veneza, então tive que voltar tudo de novo para o hotel.

Na recepção, pedi um táxi para a manhã seguinte. Amanhã vou para Veneza e passarei o dia inteiro lá para compensar a frustração de hoje. Foi cruel me reservar um hotel fora de Veneza!

08/07 – Sexta-feira

Cheguei a Veneza pouco depois das 7h30… e assim que saí da estação de trem, percebi que não havia ruas do lado de fora, apenas rios. Me apaixonei instantaneamente.

Vi uma ponte branca que cruzava o rio, levando até as charmosas casas antigas do outro lado. Voltei pela ponte para pegar um barco (vaporetto – é assim que eles chamam, são como os ônibus da cidade) para percorrer todo o Canal Grande (o nome do rio principal). Vi toda a arquitetura veneziana que antes só conhecia por filmes e documentários.

Depois de passarmos sob cinco pontes, vi a igreja de Santa Maria Formosa e pensei que era a famosa Catedral de São Marcos (às vezes sou bem desatenta).

O vaporetto me deixou no lado esquerdo do rio e fiquei me perguntando como atravessaria para o lado direito, onde imaginei que ficava a catedral. Então parei e observei os turistas, que estavam indo na direção oposta, passando por algumas barracas de souvenirs. Pensei: “Bom, vamos comprar alguma coisa”, e comecei a olhar os produtos. A maioria era de renda branca. Muitas e muitas rendas brancas. Roupas, presilhas de cabelo, guarda-chuvas, cintos e tudo mais que se possa imaginar.

Comprei uma gôndola dourada para colocar no meu quarto quando voltar para casa.

Caminhei um pouco mais para frente e virei à esquerda, e foi então que vi a Praça de São Marcos e sua catedral. Essa catedral deve ser uma das maiores da Europa, cheia de torres arredondadas que me lembraram o palácio de Aladdin no Oriente Médio. Ela tem muitos detalhes e adornos construídos por volta de 1250.

Essa catedral é famosa por supostamente guardar o corpo de São Marcos. Se isso é verdade ou não, eu não sei, mas sei que há um túmulo com esse nome lá dentro.

Li em um livro que os mosaicos da catedral cobrem 1.292 m² e foram feitos no século XII. Alguns foram adicionados depois, e alguns dos pintores são famosos, como Ticiano e Tintoretto.

Fiquei triste porque não era permitido tirar fotos dentro da catedral. Queria passar horas filmando toda aquela beleza dourada. Escondi minha câmera e gravei cerca de trinta segundos, mas fiquei com medo de ser pega, então desliguei. O teto e as paredes brilham como ouro.

No centro fica a cúpula principal, o Domo da Ascensão, lindíssimo, feito de ouro em estilo bizantino.

Ao sair da catedral, ainda meio ofuscada, vi uma enorme fila para entrar no Palazzo Ducale (Palácio dos Doges). Pelo lado de fora, parecia apenas um prédio governamental simples. Mas quando entrei, meu estômago revirou. Aquilo sim era um palácio!

Logo na entrada, vi uma galeria de arte, pedaços de colunas e várias portas e salas minúsculas. Eram tão pequenas que eu, que sou baixa, precisei me curvar para passar. Depois de uma dessas portas, cheguei ao jardim interno.

Foi lá que vi o belíssimo Arco de Foscari, a Escadaria dos Gigantes e a Porta della Carta.

Vi alguns portões de ferro enormes abertos e decidi espiar (sou muito curiosa). Subi uma escadaria imensa, cujo teto era cheio de detalhes dourados (se era ouro de verdade, não sei dizer).

Quando entrei nos salões reais, entendi a diferença entre um castelo e um palácio. Um palácio é muito mais artístico, glamoroso e cheio de ouro e pinturas por todos os lados, até no teto.

Cada sala era uma surpresa. Em muitas, mal entrava e já ficava sem fôlego. Achava que nada poderia superar a primeira, mas então entrava na segunda e era ainda mais impressionante. O palácio foi uma experiência artística.

Depois, fui à Ponte dos Suspiros, que leva às prisões mais temidas de Veneza. Elas são famosas porque Casanova conseguiu escapar de lá. O nome da ponte foi dado por Lord Byron (sim, o escritor romântico), que dizia ouvir os suspiros dos prisioneiros ao passar por ali.

Hoje em dia, a ponte tem um significado romântico. Dizem que, se você passar sob ela em uma gôndola e beijar seu amor, selará uma promessa eterna.

De lá, subi no Campanário, a torre do sino, de onde se pode ver toda a cidade. Mas fiquei com medo de que os sinos começassem a tocar, então saí rápido.

Depois, caminhei por Veneza, explorando as ruas estreitas e passando por artistas de rua – pintores, músicos… Vi um músico triste tocando violoncelo enquanto uma gôndola passava. Parecia que ele tocava para si mesmo, e eu adorei a música.

Almocei muito bem. Gastei 38 euros (o mais caro até então havia sido 20). Comi uma lasanha típica como primeiro prato, depois lula (eu nem sabia o que era aquilo!) e, por fim, sorvete de menta. Fiquei satisfeita até o café da manhã do dia seguinte.

Queria muito ficar em Veneza à noite, mas, como estava sozinha, achei mais seguro voltar ao hotel.

A cidade é um verdadeiro paraíso. Espero voltar um dia. Ainda há tanto para ver.

Explore the intricate Gothic architecture of St. Mark's Basilica in Venice, Italy.

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