Maria: Um Retrato Plástico de uma Diva Intensa

Entre os filmes protagonizados por atrizes que concorreram com Fernanda Torres no Globo de Ouro, Maria, estrelado por Angelina Jolie, despertava grande expectativa. A história da icônica Maria Callas é naturalmente intensa, dramática e repleta de nuances emocionais – exatamente o tipo de filme que costumo amar. No entanto, algo na execução não funcionou.

Desde o início, o filme mergulha no delírio da personagem, explorando sua psique de maneira quase onírica. Embora essa abordagem possa ser fascinante, aqui pareceu criar uma barreira em vez de uma imersão genuína. A sensação de distanciamento se agravou com a escolha de mixar a voz de Angelina Jolie com a da própria Maria Callas. O resultado? Algo artificial, que não convence e impede o espectador de se entregar totalmente à ilusão cinematográfica.

Visualmente, Maria é impecável, mas há um excesso de plasticidade que esvazia a força emocional da narrativa. O roteiro, apesar de ter bons momentos, não se encaixa perfeitamente com a atuação de Jolie, que entrega uma performance digna, mas sufocada por uma estrutura que não permite que a emoção flua naturalmente.

É um filme que, no papel, tinha tudo para ser impactante, mas na prática, acabou sendo apenas belo – e distante.

Maria Angelina Jolie Vivy Corral

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