A Promessa de 2025: Teozinha Dormindo na Própria Cama

No começo de 2025, fiz uma promessa para mim mesma: Teozinha ia dormir na própria cama. Desde que ela era bem pequenininha, sempre dormiu na minha cama, abraçadíssima comigo. Ela precisa de um braço em volta do meu pescoço para dormir, senão não consegue. E, há oito anos, eu venho sofrendo para conseguir dormir uma noite inteira sem ser interrompida.

A última vez que ela foi para o pai dela, aconteceu um “incidente” – um xixi gigante na minha cama. Não sei se é medo ou ansiedade, mas sei que ela vai para lá feliz, e volta feliz também. Então, deve ser algo mais profundo, no nível subconsciente. O fato é que ela acabou estragando meu colchão e, entre as várias prioridades, não estou com grana para ficar trocando colchão a cada episódio desses. Então, decidi: no dia 26 de dezembro de 2024, quando voltou, ela passaria a dormir na própria cama.

Os primeiros dias foram bem difíceis. Coloquei um colchãozinho de berço no chão do quarto dela, ao lado da cama dela, e eu dormia embaixo enquanto ela ficava na cama de cima. A gente precisava dar as mãos até ela pegar no sono. Na primeira noite, ela caiu em cima de mim. Na segunda noite, a mesma coisa, e na terceira, ela caiu novamente – quase me pisando no rosto. Eu senti o ventinho quando ela passou por cima de mim. Na quarta noite, ela levantou sonâmbula e começou a andar pelo quarto. Falei com ela, tranquilizando: “Vai deitar, filha, a mamãe está aqui”. E ela deitou de novo.

Na quinta noite, conversei com ela, perguntei o que a estava deixando tão ansiosa. E foi quando ela me contou que tinha medo de eu levantar e voltar para o meu quarto durante a noite. Foi aí que eu parei, olhei para o rostinho dela e disse: “Filha, a mamãe combinou com você que eu vou ficar aqui até você se acostumar a dormir na sua cama. Pode durar uma semana, um mês, até seis meses, mas eu não vou sair daqui sem te avisar. E sempre que eu for trabalhar de manhã, vou falar com você antes”. Ela aceitou a conversa.

Agora, há dois dias, ela tem tido um sono mais tranquilo. Não sei se é porque tivemos essa conversa sincera ou se é porque ela está realmente se acostumando, mas o fato é que ela não caiu mais da cama. E me peguei pensando: por que meus pais não faziam isso? A geração deles era mais rígida, mais intolerante. Quando eu era criança, se eu quisesse dormir na cama deles, era “frescura”. Eu me lembro de ser colocada no meu quarto e ficar olhando as paredes, noite após noite. Demorava para dormir, mas sempre criava um mundinho dentro da minha mente, inventando histórias até pegar no sono. E até hoje, esse é o meu momento criativo, quando começo a criar minhas histórias para escrever.

Acho que, no fundo, a gente sempre tem que encontrar algo bom no meio de algo ruim. Se depender de mim, Teozinha vai ter apenas boas lembranças dessa fase. E, com paciência e amor, ela vai aprender que pode dormir tranquila, sozinha, e que a mamãe está sempre ali para ela, quando precisar.

 

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