Vivemos num mundo onde tudo parece um grande comercial de margarina: casais perfeitos, amizades impecáveis, vidas dignas de um roteiro de comédia romântica. Mas, na real, a gente sabe que não é bem assim. As redes sociais transformaram tudo numa grande vitrine, onde cada um exibe sua melhor versão, cheia de filtros, ângulos estratégicos e frases motivacionais. O problema? A gente olha pra isso e começa a sentir que está sempre ficando para trás, que nossa vida nunca vai se encaixar nesse padrão inalcançável.
E aí vem o cansaço. A sensação de que tudo é superficial, de que as relações são baseadas em aparências, de que as conversas são cada vez mais vazias. Quem nunca teve um amigo que sumiu quando não precisava mais de nada? Ou aquele crush que parecia incrível no Instagram, mas na vida real era tão raso quanto uma poça d’água? Pois é. A busca por conexões reais ficou mais difícil do que achar Wi-Fi grátis que realmente funcione.
Mas, no meio desse caos, tem uma coisa que nunca decepciona: a ficção. Livros, filmes, mangás… A gente encontra personagens que valorizam a autenticidade, relações construídas com paciência, histórias que aquecem o coração. E, de repente, esses mundos fictícios parecem até mais reais do que os stories que a gente vê todo dia. Só que aí vem o choque de realidade: nem todo mundo é como um protagonista de romance bem escrito. As pessoas erram, são complicadas, têm dias ruins e nem sempre vão corresponder às nossas expectativas.
E talvez esse seja o segredo: entender que a autenticidade não está na perfeição, mas na transparência. A gente não precisa de relações instagramáveis, mas sim de gente que fique do nosso lado quando o roteiro da vida dá uma virada inesperada. Encontrar essas pessoas nem sempre é fácil, mas talvez o caminho esteja nos lugares menos óbvios – um clube do livro, um workshop, um evento que faz o coração vibrar. O importante é buscar conexões que façam sentido pra gente, longe da pressão das aparências.
Então, fica aqui o convite: que tal parar de se comparar com um feed editado e começar a construir relações mais reais? Pequenos passos podem levar a grandes mudanças. E, no fim, o que realmente importa não são os likes, mas os laços que criamos ao longo do caminho.
